"(...)Verdade, muito esquecida, por uns, ou pouco lembrada, por outros, é a de que, raras vezes, se encontram exemplos em que o partido maioritário faz aprovar legislação que permite aumentar a representatividade de outros projectos político-partidários. No entanto, todas as minhas impressões vão no sentido de que esta está a ser uma oportunidade desperdiçada pela, maioria, das pequenas forças políticas, eventualmente, com consequências no redesenhar, a médio prazo, do panorama político-partidário regional.
Perdidos, durante os últimos quatro anos, em processos autofágicos e anacrónicos, em lutas fratricidas, em estratégias politicamente fraudulentas, zize-zagueantes ou inexistentes, priorizando interesses pessoais, pontualmente demagógicos, circunstancialmente vitimizantes, subitamente, a um mês das eleições, muitos dos pequenos partidos, apresentam-se, pretensamente recauchutados, quase novos, após uma indolor cirurgia plástica, paladinos da seriedade e da ética, prontos para colher louros e frutos de algo que não tentaram, sequer, semear. Triste (des)engano!
Faltou-lhes, então, o «oxigénio» e o espaço? Não! Faltou-lhes a existência! (...)"
domingo, 21 de setembro de 2008
NÃO ESQUECER XLI
A ler na íntegra...