quarta-feira, 30 de novembro de 2011

brindes...


lá diz o ditado:
" a moda é para todos, nem todos são para as modas"

sábado, 26 de novembro de 2011

consolos LXXII

(algures em S.Miguel)

"A Poesia é a expressão do belo por meio de palavras artisticamente entretecidas:" esta definição pode servir para um dicionário ou manual, mas todos sentimos que é um pouco débil.
(...)não sabemos defini-la por outras palavras, assim como não sabemos definir a cor vermelha ou amarela ou o significado da ira, do amor, do nascer ou pôr do sol. Estas coisas estão tão fundas em nós que só podem exprimir-se mediante esses símbolos vulgares que partilhamos. (...)
tenho uma citação de Santo Agostinho que vem mesmo a propósito, parece-me. Dizia ele: "O que é o tempo? Se não me perguntarem o que é o tempo, eu sei. Se me perguntarem o que é, então não sei." Sinto o mesmo em relação à Poesia. ...e não só! (diria eu :-) )



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

regalos LXVI

O título do novo filme de Almodôvar: 
"A Pele Onde Eu Vivo" 
fez-me lembrar o poema de David Mourão-Ferreira: 
"A Pele": 
Quem foi que à tua pele conferiu esse papel de mais que tua pele ser pele da minha pele
 ...e como parece que depois de vê-lo poderia não querer associá-los...faço-o ainda na ignorância do conteúdo e apenas seduzida pela poética do título! 
Bom fim de semana!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

NÃO ESQUECER XCVI

leitura obrigatória :-) porque há mais vida para além da CRISE...


ah...pois é!!!

sábado, 12 de novembro de 2011

NÃO ESQUECER XCV



...o melhor do mundo são mesmo as crianças... :-))))

MIMO 85º

Tô com sintomas de saudade 
Tô pensando em você 
E como eu te quero tanto bem 
Aonde for não quero dor 
Eu tomo conta de você 
Mas te quero livre também 
Como o tempo vai e o vento vem


Marisa Monte

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

consolos LXXI

(Cais da Madalena, Pico - 7 Nov'11)
atravessei o canal embalada no ritmo das ondas desse mar e na beleza desse fim de tarde com este som...



e ... lembrei-me de Antero de Quental

domingo, 6 de novembro de 2011

consolos LXX


AS IMPENSÁVEIS PORTAS DA ILUSÃO
O que leva o meu barco
para esta praia
onde um poder esquivo
se contenta
com a ambígua oferta de palavras?


Estamos aqui
no exíguo barco do desejo
exibidos
na frágil singularidade do verbo


Insatisfeitos sempre
aguardamos
que se abram
as impensáveis portas da ilusão


Ana Hatherly in O Pavão Negro

sábado, 5 de novembro de 2011

sombras...

Meu Caro! Deixa-me dar de presente uma palavra, que talvez não conheças.
Dor é uma palavra verdadeira, dor é uma palavra cheia de bondade, dor é uma palavra cheia de graça. (Santa Cunegundes, séc. XIII)
(...) Fala-me de Muzot. Os pedreiros já se foram embora? o sol já regressou? Nós não temos uma única hora de sol. Gostaria de enviar-te o sol inteiro; pregá-lo sobre o teu pedaço de paisagem.
Sim, Rainer! Se eu escrevesse alguma coisa sobre ti, seria: Sobre a montanha.

Marina Tsvétaïeva in Correspondência a Três

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

MIMO 84º

Na vida dos outros, prefiro ser aquela que não provoca estragos, é por isso que minto - a todos, excepto a mim própria.

 Marina Tsvétaïeva (carta nº 27 a Rilke) in Correspondência a três

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

regalos LXV


E qual seria o objectivo de viver se não deixássemos a vida mudar-nos?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

NÃO ESQUECER XCIV

(Ribeira Grande, 1Nov'11)
Pai. Eu, a minha mãe. A madrugada. Desinteressado do nosso cansaço, o sol levantou-se no céu. E parou. O sol parou. Entre mim e ela deixou de haver tempo. Parou o tempo. Nos meus olhos, a tua mulher sem ti, a tua viúva. Nos seus olhos, eu. E sobre nós, em nós, tu, a tua presença, a tua ausência. E separados por nada, os olhares maciços, um dentro do outro e esse dentro do primeiro; os dois olhares na unidade fixa de um único.