domingo, 20 de janeiro de 2008

afagos XVII



Neste momento, o meu poeta sem drama, que é um simples poeta múltiplo, trazido pela grande emoção da noite -a metanoite -, chegou ao primeiro degrau. Já tinha recebido a minha carta que, com uma árvore, mostrava o lugar em que estávamos. "É aqui o silêncio de que precisamos para educar o sol." Hesitou, debruçou-se por dentro do seu íntimo, e abriu uma luz pequenina, ínfima, ao lado da minha. Duas luzes ínfimas são mais do que nenhuma: "Talvez o sol a veja, na sua claridade de espírito."


Os Cantores de Leitura, Maria Gabriela Llansol