Era uma vez um sonho a arder dentro do sono, era uma vez um sono impresso dentro da insónia, era uma vez um querer de mãos lavadas, era uma vez uma luz ateada na humildade, era uma vez o voo, limpo, do acreditar.
Emanuel Jorge Botelho
Emanuel Jorge Botelho
Estávamos na era da composição letra a letra e foi em resposta ao espanto do meu olhar que meu pai me disse ao ouvido: "- cada uma destas letrinhas é um esconderijo de palavras." A frase ficou registada no rosto do meu para sempre e, ainda hoje, é ela que me dá a mão sempre que entro numa tipografia.